Pós Graduação em Neurodesenvolvimento com Ênfase no Transtorno do Espectro do Autismo

Vivemos em uma sociedade que, movida por valores racionalistas e pragmáticos, introjetou comportamentos voltados para a apreciação de padrões. Ao longo da história da humanidade, constata-se que, aqueles que não atendem a estes mesmos padrões previamente estabelecidos, foram rotulados através de diferentes atribuições, dentre elas, destacam-se aqui algumas: “diferentes”, “excepcionais”, “deficientes”, “incapazes”.  À esta trajetória de experiências que muito mais conduziram a sociedade à construção  e assimilação de perfis de segregação, faz-se necessário desconstruir tais crenças. Como contraponto a esta tendência excludente, várias demandas sociais tem surgido, e contribuído, de maneira significativa,  com a ampliação da compreensão social em relação aos direito de “ser diferente”. Tais reconfigurações sociais possuem fundamento em diversas agendas de discussões e proposições que passaram, a partir da divulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos do Homem, em 1948, e, consecutivamente, a partir de todas as causas que dela derivaram, a figurar enquanto esperança no que se refere a construção de um mundo inclusivo, no qual as pessoas possam interagir distantemente de padrões fixados como ideais de existência, credo, comportamento, modelos físicos, e tantos outros.

Frente a esse contexto de realidade, faz-se necessário conhecer as diversas faces de um dos transtornos do desenvolvimento que, atualmente, muito se tem divulgado, qual seja:  Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).  Sendo assim, fundamental conhecer as especificidades deste transtorno, visando melhor intervenção clínica e educacional. Considerado um dos desvios comportamentais mais estudado e debatido, o autismo tem ainda suas causas desconhecidas, levando pesquisadores a se posicionarem em dois grandes segmentos de teorias que se opõem: a psicogenética e a biológica. Independentemente da visão que se tenha a respeito do autismo, pois não há como separar o desenvolvimento cognitivo, do afetivo e sua essência biológica, torna-se fundamental que sejam apresentadas de maneira nítida, as formas de abordagens clínicas e educativas, que se voltam para o estabelecimento de condutas terapêuticas a crianças autistas considerando, entretanto, a tríade, que são os três grandes grupos de perturbações e os métodos de intervenção de aprendizagem, aqui abordados como: ABA (Análise Aplicada do Comportamento); PECS (Sistema de Comunicação através de figuras) e TEACCH (Programa de Aprendizado Individualizado).

Com cenários crescentes e desafiadores, aliados a evolução do crescimento cognitivo, socioemocional e técnico, torna-se imperiosa a busca pelo processo de educação continuada, provocando a necessidade de oferecer cursos atuais a profissionais que pretendem atuar nessa área, bem como, aqueles que estão atuando nessas causas, já em ação no mercado de trabalho, retornarem a universidade para atualizar e contribuir com suas práticas e vivências, gerando a produção de novos conhecimentos.

Dessa forma, optou-se por oferecer um curso com padrão diferenciado, e intencionando desenvolver a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos, visando o desenvolvimento dos profissionais que desejam ampliar suas competências e habilidades juntando-se à esta Instituição de Ensino Superior neste desafio.