O impacto das mudanças geracionais e da transformação tecnológica nos modelos de negócios, relacionamento entre as pessoas e na coexistência nas empresas e universidades já são fortemente percebidos nos últimos anos. Precisamos urgentemente de modelar um novo futuro. A crescente demanda por modelos mais flexíveis de trabalho, a grande influência do big data nas tomadas de decisões e a crescente digitalização de organizações inteiras são realidades cotidianas e questões decisivas de sobrevivência para os negócios. E, claro, as pessoas e suas competências individuais continuam a ser imprescindíveis nesse cenário.
As universidades são fundamentais para alavancar habilidades e destrezas cognitivas e cientificamente estratégicas para gerar uma consciência de responsabilidade com o futuro. Concordamos que mesmo com a mecanização e a robotização adotadas há décadas pela indústria, o elemento humano continuou a ser extremamente relevante na tomada de decisões estratégicas, no relacionamento, na liderança e motivação das equipes. No final do dia, os negócios são feitos por e para as pessoas. Por isso as universidades precisam de formar pessoas que irão lidar com pessoas. Uma nova economia comportamental, vocacionada para a colaboração precisa ser implementada.
Na mesma medida em que máquinas assumem tarefas repetitivas e operacionais, a expectativa em relação ao desempenho das pessoas em atividades estratégicas aumenta, assim como a demanda por profissionais mais preparados para tomar decisões em cenários complexos e voláteis. Cenários esses que ainda não foram completamente descodificados pelas universidades formais, particularmente no Brasil. Paralelamente, crescem as aspirações desses profissionais em relação à qualidade do seu trabalho e às perspectivas de carreira, tornando a gestão de pessoas uma função altamente complexa e estratégica, fundamental para essa nova modelagem do futuro.
O impacto das novas tecnologias vem sendo sentido pelas empresas também na mobilidade de seus times. Mais profissionais, especialmente os mais jovens, estão usando smartphones e aplicativos para trabalhar em diferentes locais, distantes do escritório e, muitas vezes, em outras cidades e diferentes países. Além da preocupação em orientá-los à distância, há um desafio de mantê-los integrados ao ambiente e como parte da organização e seus propósitos. A consciência de que a educação global, o desenvolvimento humano e a gestão da inovação, representam âncoras fundamentais na modelagem do futuro, pode gerar um impacto positivo nos modelos futuros de educação, formação, negócios, ciência, comportamentos e habilidades na velocidade com que as mudanças acontecem no mundo ´real´, em resposta à velocidade com que as mudanças vêm impactando o mundo em geral.
Texto da palestra de abertura
Ingresso | Quantidade |
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PRIME R$ 149,00 |